Saturday, October 22, 2011

O sempre imortal Eça de Queirós


Queirós, não confundir com o treinador de futebol, este Eça foi um dos maiores escritores Portugueses e pelos vistos um visionário, a sua escrita é imortal.


Eça de Queirós escreveu em 1872 na publicação mensal "As Farpas":
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal."

Em 1867 no Jornal "Distrito de Évora":
"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade."

Em 1891 na "Correspondência":
"Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura."

Sempre imortal, o passado repete-se no presente como se não houvesse memória e inteligência, Eça de Queirós deixou-nos o aviso.

Saturday, October 15, 2011

Novo Lema Nacional


Só se acrescentou uma letra ao antigo lema nacional e vejam como ficou o novo!



No Estado Novo (1926-1974), o lema era:
"Deus, Pátria e Família!"

Na suposta democracia, por espantoso que possa parecer, o lema tem sido praticamente igual, apenas com mais... uma única letrinha no inicio.

De facto, o lema actual que  Portugal segue, é:
"Adeus, Pátria e Família!"

Saturday, October 08, 2011

Sabedoria Dalai Lama

Aqui fica uma observação da sabedoria do Dalai Lama, aquando de uma pergunta:


O que mais te surpreende na Humanidade?

Dalai Lama: Os homens porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

Saturday, October 01, 2011

Avaliação subjectiva


O dono de um talho foi surpreendido pela entrada de um cão dentro da loja. 


Enxota-o mas o cão volta a entrar. Volta a enxotá-lo e repara que o cão traz um bilhete na boca. 

Apanha o bilhete e lê: 'Manda-me 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?' Também repara que o cão tem na boca uma nota de 50€. 

Avia o cão e põe-lhe o saco de compras na boca. 

Impressionado e, como estava para fechar, resolve seguir o cão.  O cão desce a rua, chega aos semáforos e, com um salto, carrega no botão para ligar o sinal verde. Aguarda a mudança de cor do sinal, atravessa a estrada e segue rua abaixo. 

O talhante estava perplexo! 

O talhante e o cão caminham pela rua, quando o cão parou à porta de uma casa e pôs as compras no passeio.  Vira-se um pouco, correu e atirou-se contra a porta. Repetiu o acto mas ninguém lhe abre a porta.  Contorna a casa, salta um muro e, numa janela, começa a bater com a cabeça no vidro várias vezes, retornando para a porta. 

De repente, aparece um tipo enorme a abrir a porta e começa a bater no cão. 

O talhante corre até ao homem, tenta-o impedir de bater mais no cão e diz-lhe bastante indignado: 'Óh homem, o que é que está a fazer? O seu cão é um génio! ' 

O homem responde: 'Um génio? Já é a segunda vez esta semana que o estúpido do cão, se esquece da chave!'.

Moral da história: Podes continuar a exceder as expectativas, mas... a tua avaliação depende sempre da competência de quem avalia e é subjectiva.